3 min read

Nos debatemos dentro de nós

Como crianças que desejam muito um doce, assim nos debatemos dentro de nós rogando ao nosso pai aquilo que não alcançamos.

Uma dor tão profunda quanto é interna, e tão dolorosa quanto é oculta. Feridas abertas cicatrizam, mas hemorragias internas muitas das vezes matam.

Não pude preencher o vão do meu coração com nenhum prazer ilícito, nem me contentar com riquezas supérfluas.


1 Disse eu no meu coração: Ora vem, eu te provarei com alegria; portanto goza o prazer; mas eis que também isso era vaidade.

2 Ao riso disse: Está doido; e da alegria: De que serve esta?

3 Busquei no meu coração como estimular com vinho a minha carne (regendo porém o meu coração com sabedoria), e entregar-me à loucura, até ver o que seria melhor que os filhos dos homens fizessem debaixo do céu durante o número dos dias de sua vida.

4 Fiz para mim obras magníficas; edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas.

5 Fiz para mim hortas e jardins, e plantei neles árvores de toda a espécie de fruto.

6 Fiz para mim tanques de águas, para regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores.

10 E tudo quanto desejaram os meus olhos não lhes neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma; mas o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho, e esta foi a minha porção de todo o meu trabalho.

11 E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol.

Eclesiastes 2:1-6,10-11

Se riquezas preenchessem corações vazios, compraríamos dinheiro, mas ao invés disso trocamos dinheiro por alívios temporários às várias dores da nossa alma.

Toda sorte de glória e prazer terreno só acentuam e destacam a profundidade da dor que há em mim. Quanto maior a lona, maior o buraco que ela cobre.

Se teimosamente continuarmos correndo atrás do vento, na expectativa de que talvez o alcancemos, ou na esperança de que ele venha a se render a nossa persistência, terminaremos nossa jornada assim como a começamos. Só que dessa vez mais infelizes.

Temos fome de um pão sem fermento, que não é fabricado em padarias mas que desce dos céus.

Temos sede de uma água celeste que emana de rochas em meio a desertos.

Que não são encontradas dentro de poços.

Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!

A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?

As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?

Salmos 42:1-3

Deus trata das nossas dores com delicadeza demonstrando onde há água.

10 Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.

14 Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.

João 4:10,14


Esclarece ainda que desperdiçamos muito tempo buscando águas que não saram o nosso íntimo.

18 Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.

João 4:18

(Ler trecho completo)

Deus está mais próximo do que se pode imaginar, e mais distante do que se pode enxergar.

Permaneçamos correndo com alvo, mas não atrás de vento. Busquemos as coisas do alto que são as certas para que possamos alcançar o prêmio da soberana vocação.